sábado, 22 de setembro de 2012

O que seria uma igreja sadia.

     Recentemente perguntei a um Pastor, o que seria, na opinião dele, uma igreja sadia, próspera. Na interpretação dele, seria lotação nos dias que são considerados dias de cultos importantes. Deu para perceber que o coitado ficou embaraçado. Todo culto é importante. Quis ainda complementar sua ingenuidade, ao afirmar que uma igreja próspera era uma igreja com amplo espaço físico,  amplo estacionamento, amplo número de fiéis, música vibrante, ótima aparelhagem de som e bons cantores. Digo que o amigo Pastor está enganado. Não é isso.
     Igreja sadia tem haver com a forma de como o líder conduz a Igreja de Cristo (de Cristo, não dele). É esse mesmo líder ter consciência de que o papel dele não é fornecer música vibrante, não é contratar estrêlas do mundo Gospel, não é focar na arrecadação, porque o líder maior assim determina.
     A missão maior é oferecer um lugar acolhedor, estimulante, que ensine às pessoas a serem compassivas e dedicadas. É fazer com que os fiéis saibam o que é ser um verdadeiro cristão.
A tarefa principal da Igreja é esssa: Instruir a família e formar verdadeiros Cristãos para que eles sejam bons cidadãos na sociedade. Isso se consegue ensinando os valores, a ética e fomentando o amor.
     Por fim, é deixar de lado as práticas mundanas e ter a plena consciência de que esse trabalho é realmente para quem foi chamado para isso. Se o objetivo for visibilidade, poder, dinheiro, satisfação do ego, estamos diante da hipocrisia e assim nos afastamos de Deus. Percebamos pois, que somos nós que nos afastamos Dele e Ele não se afasta de nós.
      Dito isso, quero lembrar àqueles que querem ser Santos, principalmente aqueles cujo passado não os credencia,  que criticam todos o tempo todo, que essa prática não está em conformidade com os ditames de Cristo. Vai e limpa primeiro a tuda casa, a tua mente, a tua índole e pede de forma submissa, que Deus o perdoe e o coloque no trilho da Santidade.

sábado, 1 de setembro de 2012

Dízimo: uma distorção atual.

     A verdade é que o dízimo é pregado aos fiéis de forma desvirtuada nos dias atuais.
Os dízimos eram 10% dos grãos e da procriação dos animais do campo, para satisfazer os levitas. Ou seja, eram alimentos para suprir as necessidades dos levitas, que não tinham parte nem herança na terra prometida (ver Deuteronômio 14.24-27).
     Ele não está sendo oferecido como era feito antigamente. Era exclusivamente ao suprimento de necessidades. Como hoje não há mais a figura representativa do levita, alguém poderá citar Malaquias 3.10.
Não obstante, se lermos II Crônicas 31.5-12, entendemos porque Malaquias mandou levar os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento. E o que é mantimento? É aquilo que mantém, que dá provisão, comida, gênero alimentício. Ainda em II Crônicas, nos é ensinado que os dízimos eram compartilhados com a comunidade dos levitas.
     Hoje ele é direcionado para o LÍDER ou o DONO de Igreja, cúpula de Organização Religiosa e para os    Membros que convergem para o pensamento de tal LÍDER. Ningém, absolutamente ninguém, sabe a destinação dos ativos financeiros.
     O dízimo não foi feito para assalariar dirigente de Igrejas nem tão pouco para prover despesas pessoais destes, muito menos para realizar "shows evangélicos" e construção de templos. No antigo testamento, ele tinha caráter de caridade, pois supria levitas, estrangeiros, órfãos e viúvas. Logo, está na palavra a finalidade da caridade.
     Hoje é empregado para outros fins diferentes daquele que Deus ordenou. Dízimos são alimentos e não dinheiro. Para aqueles que pensam que naquele tempo não havia dinheiro, é importante lembrar que na época de Abraão, ja havia dinheiro (ouro e prata, moeda dos mercadores).
     Diante disso, segue o questionamento: Como e com que recursos a Igreja pode se sustentar nas suas despesas ordinárias, no financiamento da obra de evangelização?
Esse problema passa longe do que tipo de recurso em sí, e sim na motivação empregada. O costume cristão é claro em Atos 2:34,35.
     Acredito que o cristianismo é uma religião igualitária, sem monopólios ou grupos dominantes. O que se vê hoje é o contrário, uma vez que a civilização ocidental mudou a forma de pensar. Digo pois, que o cristianismo é uma religião de responsabilidade, em amor e não de imposição, pela lei. Assim como temos responsabilidades de prover financeiramente a nossa família, devemos ter também com a nossa família laica, que é a Igreja.
     A vontade de Deus consiste no senso de responsabilidade de cada Cristão em se sentir responsável de modo pessoal na obra de Deus, na sua manutenção, provisão e se for o caso, no pagamento de um salário pastoral e demais membros da Igreja. Na era da graça, opera em nós a caridade fraterna, que se opõe ao EGOCENTRISMO OU INTERESSE PESSOAL.
     Para finalizar, o dízimo, hoje, é opressivo, imposto psicologicamente, ao ponto de um líder (não é líder) chamar um trabalhador de ladrão. É uma verdadeira barganha com Deus, onde se dá "com amor" em troca de prosperidade ou amparo financeiro.
     O verdadeiro evangelho gera responsabilidade na vida do crente, o que deverá levá-lo a ser generoso e atento na manutenção da Igreja onde congrega.